O mercado futuro do café iniciou a semana com uma valorização expressiva nos principais contratos, tanto em Nova York quanto em Londres, impulsionado pelas preocupações com o clima nas regiões cafeeiras do Brasil. As cotações subiram significativamente, com o contrato de dezembro/24 registrando um aumento de 830 pontos, refletindo a ansiedade do mercado em relação aos possíveis danos nas lavouras brasileiros devido às recentes ocorrências de geada. Este cenário de incerteza climática é agravado pela memória da geada de 2021, que teve um impacto severo na produção, justificando o comportamento de alta dos preços no mercado.
Outro fator que contribuiu para a valorização dos preços foi a redução nas exportações de café do Vietnã, o maior produtor mundial de café robusta. A queda de 29,3% nas exportações vietnamitas em julho reforça a expectativa de menor oferta global, especialmente em um momento em que o mercado já está tenso devido às condições climáticas no Brasil. Este cenário global de oferta apertada fortaleceu ainda mais os preços, demonstrando a influência que as condições internacionais têm sobre as cotações futuras do café.
No mercado físico brasileiro, houve um movimento misto com ajustes técnicos em várias regiões. Enquanto algumas praças, como Varginha e Campos Gerais, registraram altas nos preços do café tipo 6 bebida dura bica corrida, outras como Guaxupé e Machado apresentaram quedas. O tipo cereja descascado, no entanto, viu valorização tanto em Guaxupé quanto em Campos Gerais. Esses movimentos refletem as diferentes realidades e reações dos produtores às condições climáticas e ao comportamento dos mercados futuros, evidenciando a complexidade e a volatilidade do mercado de café no Brasil.
Fonte: Notícias Agrícolas
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