Previsão de Chuvas no Brasil Desencadeia Queda nos Preços do Café nas Bolsas Internacionais

O recente relatório da Barchart aponta que a previsão de chuvas nas regiões produtoras de café do Brasil foi o principal fator para a liquidação dos contratos futuros de café, resultando em uma queda significativa nos preços nas bolsas internacionais. O arábica, por exemplo, registrou desvalorizações expressivas em seus principais contratos, com o vencimento de dezembro de 2024 caindo 1.090 pontos. Já o robusta também sofreu quedas consideráveis, com o contrato de novembro de 2024 encerrando com uma baixa de US$ 189 por tonelada. Esse movimento foi impulsionado pela expectativa de que as chuvas poderiam beneficiar as lavouras durante o crucial período de floração.

No entanto, a previsão climática indica que as chuvas podem ser de baixa intensidade e instáveis, contribuindo apenas para a diminuição do calor, segundo o Escritório Carvalhaes. Isso cria uma incerteza sobre a real recuperação das lavouras, que dependem de chuvas mais consistentes para assegurar uma floração adequada. Assim, o mercado ainda pode apresentar volatilidade nas próximas semanas, à medida que as condições climáticas se tornem mais claras. O impacto dessas previsões reflete a sensibilidade do mercado cafeeiro às variações climáticas, especialmente em um país produtor de grande escala como o Brasil.

No mercado interno, o cenário também foi de recuo nos preços físicos do café. Tanto o arábica quanto o cereja descascado apresentaram quedas significativas em várias regiões, como Machado/MG e Guaxupé/MG, onde a desvalorização foi superior a 2%. A incerteza climática, associada à previsão de chuvas leves e insuficientes, gera preocupação entre os produtores, influenciando diretamente o mercado e os preços praticados. Dessa forma, a volatilidade do mercado interno reflete o impacto direto das condições climáticas sobre as expectativas de safra e oferta do café brasileiro.

Fonte: Notícias Agrícolas