Mercado do Café Reage com Altas Após Alívio nas Tensões Comerciais e Preocupações com a Safra Brasileira

O mercado internacional de café encontrou novo fôlego nesta quinta-feira (10) após o adiamento das tarifas recíprocas impostas por Trump, permitindo que os fundamentos voltassem a sustentar os preços. A preocupação com a restrição na oferta global segue como fator de alta, especialmente para o robusta, que viu seus estoques monitorados pela ICE caírem ao menor nível em cinco semanas. No Brasil, o veranico ameaça a granação dos grãos, o que pode aumentar as perdas esperadas para a safra de 2025.

Outro fator que impulsionou o mercado foi a queda de 24,7% nas exportações brasileiras de março em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados pelo Cecafé. Apesar da retração, o recuo já era esperado, pois coincide com a entressafra e o cenário atual do setor cafeeiro. O diretor do Cecafé, Marcos Matos, destacou que o Brasil segue em busca de novos mercados e pode voltar a se tornar competitivo globalmente com a chegada da próxima safra.

Na Bolsa de Nova York, o arábica encerrou o dia em alta, com ganhos em todos os contratos futuros. O robusta em Londres também teve valorização expressiva. No mercado interno, o cenário foi misto: algumas regiões acompanharam as altas internacionais, como Franca/SP e Guaxupé/MG, enquanto outras, como Machado/MG, registraram queda. O cereja descascado teve leve valorização em municípios mineiros, demonstrando a sensibilidade do mercado físico às variações externas. Fonte: Noticias Agrícolas Oferta mais restrita faz café robusta fechar sessão desta 5ª feira (10) com... - Notícias Agrícolas