Mercado de Café Fecha a Semana com Arábica em Alta e Robusta Sob Pressão do Dólar

O mercado cafeeiro encerrou a semana com movimentações distintas entre os contratos futuros de arábica e robusta. Enquanto os preços do arábica continuaram sua trajetória de alta, atingindo novas máximas históricas em Nova York, o robusta recuou em Londres. A valorização do dólar exerceu pressão sobre os contratos de robusta, desencadeando uma liquidação nos futuros e contribuindo para a queda nas cotações. Já o arábica manteve-se firme diante das preocupações persistentes com a oferta global, refletindo um cenário de incerteza para o abastecimento do mercado.

No Brasil, especialistas apontam que a produção de café em 2025 ainda será inferior à de 2024, mas não tão negativa quanto se esperava inicialmente. As chuvas recentes melhoraram as condições das lavouras, reduzindo parte do pessimismo em relação à safra. No entanto, mesmo com essa melhora, os estoques seguem apertados e os níveis de produção permanecem distantes do recorde de 2020, o que reforça a manutenção de preços elevados no mercado internacional. A volatilidade nos contratos futuros deve continuar, influenciada tanto pelos fundamentos da oferta e demanda quanto pelo comportamento do câmbio.

No mercado físico brasileiro, as cotações acompanharam o movimento positivo do arábica em Nova York, com altas moderadas nas principais praças de comercialização. O Café Arábica Tipo 6 registrou ganhos em Campos Gerais/MG, Varginha/MG e Machado/MG, enquanto o Cereja Descascado também teve valorização em Campos Gerais, Varginha e Poços de Caldas. Apesar da valorização, o ritmo de negócios foi reduzido, evidenciando uma postura mais cautelosa dos produtores diante das incertezas sobre a safra e o comportamento dos preços nos próximos meses.

Fonte: Noticias Agrícolas