Mercado de Café Enfrenta Quedas com Liquidação Longa e Incertezas Climáticas para 2025

O mercado cafeeiro iniciou a semana enfrentando pressão de liquidação longa, resultando em quedas nas bolsas internacionais para ambos os tipos de café, arábica e robusta. Após os recentes ganhos acentuados, o arábica viu uma queda de 90 pontos no contrato de dezembro/24, enquanto o robusta teve uma desvalorização de US$ 21 no contrato de novembro/24. Essa liquidação reflete um ajuste natural do mercado após a valorização anterior, mas a preocupação com a oferta futura, especialmente em função de condições climáticas adversas, continua presente.

Os problemas climáticos, em particular, estão causando apreensão para a safra de café de 2025 no Brasil. De acordo com o Escritório Carvalhaes, os prejuízos já são significativos, e as chuvas regulares poderão apenas conter novos danos, sem reverter as perdas já ocorridas. Além disso, o cenário global de oferta é agravado pela queda de quase 5 milhões de sacas no Vietnã, que contribui para a pressão no mercado internacional, reforçando as incertezas quanto à produção global de café.

No mercado interno brasileiro, apesar da volatilidade, os preços do café arábica mantiveram um movimento de alta, com diversas regiões registrando aumentos. Espírito Santo do Pinhal/SP e Machado/MG, por exemplo, registraram valorizações em torno de 1,34% a 1,37%. No entanto, o café Cereja Descascado apresentou uma leve retração em Poços de Caldas/MG. O mercado físico segue firme, influenciado pela incerteza em torno da safra de 2025, o que está assegurando negociações mais cautelosas.

Fonte: Notícias Agrícolas