Mercado de Café Encerra Quinta em Queda com Pressão Cambial e Expectativas Climáticas
- Julhyana Veloso Nunes
- 4 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

O mercado cafeeiro encerrou a quinta-feira (31) com quedas significativas nas bolsas internacionais, com desvalorizações superiores a 1% nos contratos futuros de arábica e robusta. A pressão sobre os preços foi amplificada pela fraqueza do real brasileiro, que atingiu uma baixa de quase três meses frente ao dólar, incentivando as exportações por parte dos produtores nacionais. Esse cenário de desvalorização cambial cria um contexto em que o café brasileiro se torna mais competitivo no mercado global, estimulando maior oferta e, consequentemente, pressionando os preços para baixo.
Além disso, a previsão de chuvas intensas em Minas Gerais pode influenciar a percepção sobre a oferta futura de arábica. Enquanto chuvas são necessárias para sustentar a produtividade, as fortes precipitações esperadas no principal estado produtor do Brasil geram incertezas, visto que excesso de chuva pode comprometer a qualidade do grão ou dificultar o acesso às lavouras durante a colheita. No Vietnã, apesar da passagem da tempestade tropical Trami, os cafezais não foram significativamente afetados, com apenas 5% da colheita comprometida, o que traz um alívio momentâneo para as projeções de oferta de robusta.
No mercado físico brasileiro, o cenário também foi de baixa. Regiões produtoras de arábica, como Campos Gerais e Espírito Santo do Pinhal, registraram quedas nos preços, tanto para o Arábica Tipo 6 quanto para o Cereja Descascado. Essa queda reflete não apenas a pressão internacional, mas também um ritmo de negócios abaixo do usual para essa época do ano, conforme apontado pelo Escritório Carvalhaes. Com o cenário climático e cambial moldando as perspectivas, produtores e investidores seguem cautelosos, atentos ao impacto das condições climáticas nas próximas semanas e à volatilidade do mercado cambial.
Fonte: Notícias Agrícolas
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