
O mercado de café encerrou a semana com desvalorização nas principais bolsas internacionais, refletindo a expectativa de chuvas generalizadas em Minas Gerais. A previsão meteorológica aliviou as preocupações com a seca, impactando especialmente o arábica, que atingiu uma mínima de duas semanas. No entanto, os receios com a oferta global ainda sustentam os preços, pois a produção segue limitada para atender à demanda mundial. Márcio Cândido, presidente do Cecafé, alerta que uma melhora nas condições climáticas pode levar a uma queda de 10% a 15% nos preços internacionais, uma vez que a safra atual já opera no limite da capacidade produtiva.
Os preços do arábica caíram significativamente, com quedas de até 850 pontos nos contratos futuros, enquanto o robusta também registrou recuos expressivos, chegando a US$ 131 por tonelada nos vencimentos mais próximos. A pressão sobre os preços reflete um mercado ainda volátil, onde a incerteza sobre a próxima safra mantém os investidores atentos. Enquanto isso, no mercado interno, os produtores continuam adotando uma postura cautelosa, vendendo de forma estratégica e aguardando melhores condições. A comercialização da safra 2024/25 avançou para 93%, mostrando um aumento de 5 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Nas principais praças produtoras do Brasil, os preços físicos também recuaram, refletindo o movimento das bolsas. O Café Arábica Tipo 6 apresentou quedas de até 3,16% em Campos Gerais/MG, enquanto o Cereja Descascado registrou baixas de 3,08% na mesma região. A postura defensiva dos produtores indica um mercado atento às oscilações do câmbio e da bolsa, esperando momentos mais oportunos para negociar. Com a entrada da safra 2025 se aproximando e um cenário climático ainda incerto, o mercado deve seguir volátil nos próximos meses. Fonte: Noticias Agrícolas Café: Clima pressiona preços que encerram sessão desta 6ª feira (14) em... - Notícias Agrícolas
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