Café em Alta: Preços Disparam com Queda do Dólar e Incertezas na Safra 2025

O mercado internacional de café encerrou a semana com fortes valorizações, impulsionado principalmente pela queda do dólar index, que atingiu o menor nível em três anos. Esse movimento favoreceu a cobertura de posições vendidas e reaqueceu a confiança dos investidores. A crescente preocupação com a oferta global, já limitada por estoques reduzidos e impactos climáticos, voltou a ser um fator determinante para sustentar os preços em alta tanto para o arábica em Nova York quanto para o robusta em Londres. O cenário reforça o peso dos fundamentos diante das instabilidades macroeconômicas.

As perspectivas para a safra brasileira de 2025 são o centro das atenções. Marcus Magalhães, da MM Cafés, destaca que mesmo as projeções mais otimistas indicam déficit entre produção e demanda, com um possível gap de até 12 milhões de sacas. A seca e o calor excessivo no Brasil, além do recente veranico que afetou a granação dos grãos, devem reduzir ainda mais a produtividade. Esse contexto, aliado aos baixos estoques mundiais apontados pelo Escritório Carvalhaes, dá sustentação à tese de preços firmes no médio prazo, já que o equilíbrio entre oferta e demanda parece ameaçado.

No mercado físico brasileiro, os preços reagiram às altas internacionais, com valorização expressiva do arábica tipo 6 e do cereja descascado em importantes praças produtoras como Varginha, Franca e Guaxupé. Apesar da alta, os produtores seguem resistentes às ofertas de compra, resultando em um volume de negócios abaixo do necessário para atender à demanda interna e externa. A retração dos vendedores reflete a cautela do setor diante de um futuro incerto, em que variáveis como clima, política comercial e estoques continuam ditando o ritmo dos negócios. Fonte: Noticias Agrícolas Com dólar em queda e oferta ajustada, café se volta aos fundamentos e fecha... - Notícias Agrícolas