Café Arábica Cai em Nova York Enquanto Robusta Sobe em Londres: Clima e Exportações no Radar
- Julhyana Veloso Nunes
- 2 de jul. de 2024
- 2 min de leitura

O mercado futuro do café arábica encerrou o primeiro pregão da semana com novas baixas nos preços na Bolsa de Nova York, contrastando com a valorização observada no tipo robusta em Londres. O arábica com vencimento em setembro/24 caiu 195 pontos, sendo negociado a 224,85 cents/lbp, e outros contratos seguiram a mesma tendência de queda. Em Londres, no entanto, o robusta registrou uma valorização significativa, com setembro/24 subindo US$ 56 por tonelada, fechando a US$ 4067. Essa divergência reflete as diferentes condições de mercado e fatores regionais influenciando os preços de cada tipo de café.
O desempenho dos preços do arábica está diretamente ligado ao monitoramento contínuo da safra brasileira. A colheita está em pleno andamento, beneficiada por condições climáticas favoráveis, embora o déficit hídrico em algumas regiões comece a levantar preocupações. Segundo análises, os preços do arábica encontram algum suporte devido à possibilidade de condições climáticas mais secas do que o normal afetarem negativamente as safras brasileiras. Este cenário de incerteza climática é um fator crucial para a volatilidade dos preços, à medida que o mercado aguarda as chuvas dentro da janela ideal para reverter o déficit hídrico.
Enquanto isso, o robusta se beneficiou de dados recentes do Vietnã, que reportou uma queda de 10,6% nas exportações de janeiro a junho de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Este dado contribuiu para a alta nos preços do robusta, juntamente com a preocupação com as condições climáticas no Vietnã, que sofreu com uma seca severa no primeiro semestre de 2024. No Brasil, o mercado físico acompanhou a tendência de desvalorização do arábica, com quedas registradas em várias das principais praças de comercialização. Esse cenário destaca a complexidade do mercado global de café, onde fatores regionais e internacionais se entrelaçam para influenciar os preços de forma significativa.
Fonte: Notícias Agrícolas
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